segunda-feira, 7 de junho de 2010

Etimologia da verdade

Relacionando os três conceitos de verdade, (aletheia, véritas e emunah) podemos dizer que todas elas estão de certa forma, interdependentes dentro do jornalismo.
A primeira mostra o que realmente está acontecendo, o que é verdade está nas próprias coisas, nas imagens, nos vídeos, etc.
A segunda refere-se à exatidão do relato na hora de expor ele com palavras. Aí a única forma de mostrá-lo é verbalmente, sem recursos visuais.
Para esse segundo caso acontecer, deve existir o terceiro, pois nele está inserida a confiança no que se está falando. Emunah é a crença na aletheia e no véritas.

O que podemos perder quando afirmamos algo como verdadeiro? E o que perdemos ficando com a simples informação?

Afirmar algo como verdade absoluta está muito difícil nos dias de hoje, pelo fato e tudo se renovar com o passar do tempo, a ciência inovar, as crenças serem outras, os valores invertidos.
Em casos jornalísticos, a credibilidade e a confiança correm riscos diante da crença nessas verdades absolutas, indiscutíveis. Uma informação dada erroneamente pode acarretar problemas sérios para o profissional. Ir atrás do que realmente está correto seria uma obrigação a todos os cidadãos de uma sociedade. Perdemos muito em conhecimento ficando com a simples verdade, com um simples fato mostrado pela televisão. Acredito ser necessário o aprofundamento das notícias, dos acontecimentos, do que se é exposto para a população. Só assim poderemos ter a confiança de que aquilo é uma verdade ou não.

Postado por Carolina Padilha

Ética Jornalística

Falar sobre ética é o mesmo que falar sobre o sexo dos anjos. Jornalistas, em sua maioria, não a discutem.
No simples fato de agir eticamente, já prova a sua existência e a sua necessidade.
Esse tema, quando tratado, é considerado perda de tempo, idiotice. As pessoas não estão habituadas a conversar sobre ele, é um tema pouco familiar. O que deveria ser a base transformou-se em acessório.
Pelo menos, falando ou não sobre ética, os jornalistas ao darem uma notícia com imparcialidade e qualidade nas explicações, estão agindo eticamente. Presume-se que, para fazer um jornalismo de qualidade, é preciso primeiramente agir com ética e não estar sempre falando dela.
Mostrar ao povo o que ele quer saber, contar a verdade dos fatos, dedicar-se ao difícil trabalho de informar com a razão, sem esquecer a emoção. Isso é digno e ético.
Às vezes, notícias sobre políticos, empresários e suas empresas, policia, podem beneficiar algumas pessoas e prejudicar outras. Porém, doa a quem doer, a noticia deve ser dada.
Acredito que fazer jornalismo sem refletir sobre sua essência, não é mais tão viável e suficiente. Essa reflexão só é possível ser feita com a ajuda da ética, que já se encontra dentro de cada ser humano. Basta saber colocá-la em prática.

Postado por Carolina Padilha

Resenha do filme Deu a louca na Chapeuzinho

O filme lançado em 2005, dirigido por Cory Edwards, gerou muitas expectativas em crianças de todas as idades. Mas o enredo nos revela uma menina nem tão inocente, um lobo nem tão mau, um lenhador nada agressivo e uma vovó esportista. São surpresas que cativam a atenção de todos.
Porém, o filme não é só direcionado às crianças. O que diferencia a produção, é que as cenas baseadas na história tradicional são mostradas sob todos os pontos de vista, ou seja, a chapeuzinho conta a sua versão, o lobo a sua, assim como a vovó e o lenhador também. E, no final, descobre-se que o vilão da trama é um aparentemente inofensivo coelhinho, que até ali de nada influenciava na história. Mas, ao assistirmos as versões dos fatos separadamente, sem ter conhecimento das outras, essa aparenta ser verdadeira, independente de qual for. Se assistirmos somente a versão da vovó, vamos acreditar nela. Se for só a do lobo, aos seus olhos, essa será a verdadeira. E realmente são. Mas estão incompletas, lhe falta algo para que possa ser compreendida em sua totalidade, então já não podemos dizer que ela é verdadeira, pois apresenta lacunas.
Relacionando com nossas vidas, e principalmente com o jornalismo, isso acontece muito. A imprensa, de uma forma geral, relata e modela os acontecimentos somente através dos seus olhos, e não busca aprofundar-se e investigar, analisando diversos relatos, em busca da real verdade. Mas e até que ponto podemos dizer que uma afirmação é verdadeira? Parece redundância, mas como podemos dizer que algo é verdadeiro, se não temos o domínio sobre ele, e se não avaliamos e o investigamos desde suas origens?
A palavra verdade é de uma complexidade enorme. No filme, as versões contadas pelos quatro personagens estavam corretas, mas existia algo em comum, que as interligava. E esse algo em comum as completava, e as une em uma só história. Essa é uma questão que deve ser amplamente debatida. O relato da Chapeuzinho está correto, mas não é 100% verdade. Então, a expressão mais adequada, é dizermos que essa é uma informação, ou seja, em vez de dizermos que é verdade (então significa verdade absoluta, inquestionável), consideramos que, até o momento, sabe-se que... até o momento, tem-se conhecimento de que...Essa é a forma mais adequada, pois o ser humano, em sua totalidade, não tem capacidade suficiente de absorver todas as informações necessárias para dizer que algo é verdadeiro, e, de certo modo, isso é bom. A partir do momento em que puder afirmar que essa é a verdade, será que o homem não se acomodará, e cessará a busca pelo conhecimento e pela verdade da vida?

Postado por Fabricio Carvalho

Resenha do filme Deu a louca na Chapeuzinho

Policiais do mundo animal investigam um caso que ocorre na casa de uma senhora envolvendo sua neta, Chapeuzinho Vermelho, um lobo aparentemente mau e um lenheiro com seu machado. As acusações são muitas: roubo de um livro de receitas, invasão de domicílio e manuseio de um machado sem licença.
Tudo começa quando a polícia chega à casa da vovó. Para resolver o crime, um sapo que é o inspetor Nick Pirueta, vai ouvir a versão de cada um deles. A primeira é a da Chapeuzinho, seguida do Lobo Mau, que se diz um jornalista investigativo. Logo após vem a Vovó, que não é assim tão inocente e que na verdade construiu um império de doces e é apaixonada por esportes radicais.
Acredito que essas características inusitadas dos personagens são boa parte do trunfo do filme. Uma criança não conseguiria entender totalmente a história, pois por mais que seja um filme de animação gráfica, o longa requer certo amadurecimento do tele espectador.
No final do filme, descobre-se que o culpado pelo roubo do livro de receitas é, o aparentemente, inofensivo coelho, que faz muitas maldades com Chapéuzinho e seus amigos, tentando impedi-los de recuperarem o livro.

Postado por Carolina Padilha